Esse livro é muito superior ao Menino do Pijama Listrado,
uma narrativa muito mais adulta, com uma trama mais envolvente. John Boyne me
surpreendeu com essa história fabulosa de viagens repletas de intrigas e
aventuras, história completinha, sem deixar peças soltas.
Sinopse:
O célebre episódio do motim no navio de guerra britânico HMS
Bounty, em Abril de 1789, inspirou numerosos livros e filmes. Na tradição dos
grandes romances de aventura marítima, John Boyne recriou essa história a seu
modo surpreendente e inovador. Em o garoto no convés, a expedição é narrada do
ponto de vista de John Jacob Turnstile, um jovem de Portsmouth, sul da Inglaterra,
que sofre abusos de toda sorte no orfanato em que vive e pratica pequenos furtos
nas ruas da cidade. Detido pela polícia após roubar um relógio, é salvo pela
própria vítima do roubo quando esta lhe faz uma proposta: em vez de ficar
encarcerado, ele embarcaria no Bounty para passar pelo menos dezoito meses como
criado particular do respeitado capitão William Bligh. Turnstile aceita a
barganha, planejando fugir na primeira oportunidade, mas a rígida disciplina da
vida no mar e uma relação cada vez mais leal com o capitão transformarão sua
vida para sempre. É pela voz desse adolescente insolente e sagaz, mas ao mesmo
tempo frágil e ingênuo, que o leitor acompanhará uma viagem repleta de
intrigas, tempestades intransponíveis, cenários exóticos e lições de lealdade,
paixão e sobrevivência.
Opinião:
John Boyne mostrou que sabe contar ótimas histórias e
criar personagens com carisma. O autor soube relatar a vida a bordo do Bounty,
tudo parecia verossímil. O livro me instigou a pesquisar tudo sobre o motim, e
descobri que a história do Bounty já gerou várias outras no cinema e em outros
livros.
Quem narra é o jovem turnstile, ou tutu como os
tripulantes o apelidaram, o livro tem divisões, ele é dividido em cinco partes,
com partes melhores e outras nem tanto, um pouco paradas. Mas acho que as
partes foram bem separadas, cada uma com seu problema.
Se você leu O Menino do Pijama Listrado, não vá a esse
esperando encontrar a mesma narrativa, O Garoto no Convés é muito mais maduro, enquanto
o outro é inocente. Tutu tem seus pensamentos adolescentes, afinal 14 anos é
uma idade “traiçoeira” se é que vocês leitores entendem.
Afinal, ele é jogado de surpresa em uma situação
totalmente diferente de tudo que ele já passou, em um navio como criado do
capitão, onde é maltratado por quase todos do navio, e para piorar, o seu cargo
é o mais inferior da embarcação inteira, ou seja, todos a bordo podem mandar
nele e ninguém pensa que ele é só um moleque, Tutu passa por um trote muito
pesado, logo após o Bounty passar pelo equador, mas o Capitão Bligh é um dos
únicos que se importam com nosso protagonista, eles se aproximam com o decorrer
do livro, o que incomoda os outros tripulantes.
Me identifiquei com o personagem pelo sarcasmo evidente
nas suas frases, com respostas rápidas e sagazes, e por ele ser inteligente e
idiota ao mesmo tempo, sempre se metendo onde não deve, teve que crescer
rapidamente sem escolha, se tornando um homem no fim de sua jornada.
Conclusão:
John
Boyne escreveu vários livros, O pacifista, O Palácio de Inverno, Tormento, O Menino do Pijama Listrado, entre outros. Quer uma boa leitura? Pegue o Garoto no
Convés, cumpre as expectativas.
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