sábado, 17 de maio de 2014

O Garoto no Convés, John Boyne


Esse livro é muito superior ao Menino do Pijama Listrado, uma narrativa muito mais adulta, com uma trama mais envolvente. John Boyne me surpreendeu com essa história fabulosa de viagens repletas de intrigas e aventuras, história completinha, sem deixar peças soltas.

Sinopse:
O célebre episódio do motim no navio de guerra britânico HMS Bounty, em Abril de 1789, inspirou numerosos livros e filmes. Na tradição dos grandes romances de aventura marítima, John Boyne recriou essa história a seu modo surpreendente e inovador. Em o garoto no convés, a expedição é narrada do ponto de vista de John Jacob Turnstile, um jovem de Portsmouth, sul da Inglaterra, que sofre abusos de toda sorte no orfanato em que vive e pratica pequenos furtos nas ruas da cidade. Detido pela polícia após roubar um relógio, é salvo pela própria vítima do roubo quando esta lhe faz uma proposta: em vez de ficar encarcerado, ele embarcaria no Bounty para passar pelo menos dezoito meses como criado particular do respeitado capitão William Bligh. Turnstile aceita a barganha, planejando fugir na primeira oportunidade, mas a rígida disciplina da vida no mar e uma relação cada vez mais leal com o capitão transformarão sua vida para sempre. É pela voz desse adolescente insolente e sagaz, mas ao mesmo tempo frágil e ingênuo, que o leitor acompanhará uma viagem repleta de intrigas, tempestades intransponíveis, cenários exóticos e lições de lealdade, paixão e sobrevivência.


Opinião:

John Boyne mostrou que sabe contar ótimas histórias e criar personagens com carisma. O autor soube relatar a vida a bordo do Bounty, tudo parecia verossímil. O livro me instigou a pesquisar tudo sobre o motim, e descobri que a história do Bounty já gerou várias outras no cinema e em outros livros.


Quem narra é o jovem turnstile, ou tutu como os tripulantes o apelidaram, o livro tem divisões, ele é dividido em cinco partes, com partes melhores e outras nem tanto, um pouco paradas. Mas acho que as partes foram bem separadas, cada uma com seu problema.

Se você leu O Menino do Pijama Listrado, não vá a esse esperando encontrar a mesma narrativa, O Garoto no Convés é muito mais maduro, enquanto o outro é inocente. Tutu tem seus pensamentos adolescentes, afinal 14 anos é uma idade “traiçoeira” se é que vocês leitores entendem.

Afinal, ele é jogado de surpresa em uma situação totalmente diferente de tudo que ele já passou, em um navio como criado do capitão, onde é maltratado por quase todos do navio, e para piorar, o seu cargo é o mais inferior da embarcação inteira, ou seja, todos a bordo podem mandar nele e ninguém pensa que ele é só um moleque, Tutu passa por um trote muito pesado, logo após o Bounty passar pelo equador, mas o Capitão Bligh é um dos únicos que se importam com nosso protagonista, eles se aproximam com o decorrer do livro, o que incomoda os outros tripulantes.

Me identifiquei com o personagem pelo sarcasmo evidente nas suas frases, com respostas rápidas e sagazes, e por ele ser inteligente e idiota ao mesmo tempo, sempre se metendo onde não deve, teve que crescer rapidamente sem escolha, se tornando um homem no fim de sua jornada.

Conclusão: 
John Boyne escreveu vários livros, O pacifista, O Palácio de Inverno, Tormento, O Menino do Pijama Listrado, entre outros. Quer uma boa leitura? Pegue o Garoto no Convés, cumpre as expectativas.

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